Matéria transcrita da homepage da FUNVERDE – Fundação Verde
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Observar as plantas e copiar a natureza. Esta foi a saída que o agricultor Jurandi Anunciação de Oliveira buscou no conhecimento tradicional para matar a charada proposta por um técnico que lhe recomendou “plantar água” para conviver com a escassez de água no semiárido nordestino de Cafarnaum, cidade baiana onde mora.
A saída também servirá para amenizar o aquecimento global, segundo entende o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Antônio Donato Nobre. Ambos estiveram juntos em conferência sobre sistemas agroflorestais e mudanças climáticas realizada em Luziânia (GO).
“Eu planto mil folhas de palma, colho 4.750 litros de água e posso cultivar manga em agosto sem depender de água de barragem ou de chuva”, contou o agricultor durante o seminário que compôs a programação do VII Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais (VII CBSAF), organizado pela Embrapa e parceiros, e que tem objetivo de proporcionar o compartilhamento de experiências.
Oliveira conseguiu driblar os efeitos da seca em sua propriedade compactando folhas de palma sob o solo em que plantaria fruteiras. Mas como essa lógica tem indicado caminhos para salvar a Terra dos efeitos danosos das mudanças climáticas – que são dez vezes mais graves do que dizia o último Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC),
conforme anunciou Nobre.
conforme anunciou Nobre.
Regador do Éden
A descoberta de que a “floresta amazônica é o regador do Éden” ou que as árvores transpiram por unidade de área mais do que o oceano ocorreu fora dos modelos matemáticos dos meteorologistas, destacou o agrônomo. Pela física, os cientistas russos captaram os princípios da natureza que os agricultores já haviam captado pela intuição: as florestas funcionam como
uma bomba de água, sendo, portanto essenciais no resfriamento da Terra, disse Nobre.
uma bomba de água, sendo, portanto essenciais no resfriamento da Terra, disse Nobre.
Segundo ele, cada árvore grande na Amazônia chega a evaporar 300 litros de água por dia. Conseqüências do aquecimento global que estavam sendo esperadas para 2050 teriam começado a ser registradas já em 2007, destaca o pesquisador. “O gelo do Ártico derreteu tão rápido que desestimulou os investimentos para a ampliação do canal do Panamá”, aponta Nobre como um dos eventos que estão sendo antecipados, pegando meteorologistas de surpresa.
“Ou muda ou morre”
O alerta foi feito pelo agricultor familiar Oliveira para o contexto da região semiárida onde vive, mas tem a concordância do pesquisador do Inpe, cujo foco é a situação do Planeta: “a mordida virá, inesperada e brutal”, sentencia, tendo por base dados históricos e não futorológicos conforme frisa.
A saída, segundo entende não estará numa tecnologia que, sozinha, nos salve dos desastres climáticos, mas de uma agenda de colaboração e na disseminação do conhecimento.
O agrônomo desenvolve projeto denominado Fênix amazônica, uma proposta que, a partir da síntese do conhecimento acumulado em vários setores, possa ser acessível e viabilizar saídas colaborativas para questões específicas como a fundiária, dos poluentes e da sustentabilidade.
Embora aponte a necessidade de correção de rotas em diversas áreas, Nobre avalia que “não haverá solução sem a Embrapa, sem a ciência e sem o conhecimento intuitivo do produtor”.
Fonte – Valéria Costa, da Embrapa Transferência de Tecnologia / EcoDebate
Entenderam agora o que significa PLANTAR ÁGUA?
Então era isso ? hahahah , agora eu entendi!
ResponderExcluirParabéns!
È Lico , você é um cara sabio ...
ResponderExcluirPlantar agua é verdade!